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    A XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura, Lisboa, 1983: “Reapreciar Descobrimentos com olhos postos no futuro”

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    Em 1983, realizou-se em Lisboa, sob os auspícios do Conselho da Europa, a XVII Exposição Europeia de Arte, Ciência e Cultura: Os Descobrimentos Portugueses e a Europa do Renascimento. Equacionada em 1976, a exposição foi concebida, organizada e realizada após o pedido de adesão à CEE e enquanto duravam as necessárias - e intermináveis - negociações. Tendo presente como a memória histórica se ajusta às conjunturas políticas e sociais, em função das necessidades de explicação e orientação do presente, este trabalho procurou avaliar se, e em que medida, é que a evocação dos descobrimentos, numa atualização da sua leitura histórica cultural, procurou, na nova conjuntura, demonstrar o histórico lugar de Portugal na, e a sua mais-valia para a, Europa, aonde nunca deixara de pertencer. A investigação confirma que a perspetiva adotada foi o a de evidenciar que Portugal partiu para os descobrimentos já firmemente enraizado na cultura europeia, e que, ao proporcionar o encontro e ao trazer o “outro” para a Europa, assumiu uma vocação universalista privilegiada, tornando-se natural interlocutor - ontem e hoje - no diálogo entre a Europa e o mundo. Abrindo o caminho para as comemorações que se seguiram, a Décima Sétima foi o primeiro evento cultural que, sob o prisma do “encontro de culturas”, reutilizou o mito da “vocação ecuménica” portuguesa (a especial capacidade para o relacionamento com outros povos, num luso-tropicalismo recondicionado) para alavancar a posição no mundo do Portugal moderno, democrático e - num futuro tão próximo quanto possível - europeu.In 1983, under the auspices of the Council of Europe, the 17th European Art Exhibition: The Portuguese Discoveries and Renaissance Europe was held in Lisbon. Considered in 1976, the exhibition was conceived, organised and carried out after the application for accession to the EEC and while the necessary - and endless - negotiations lasted. Bearing in mind how historical memory adjusts to political and social conjunctures, depending on the needs of explanation and orientation of the present, this work sought to assess whether, and to what extent, the evocation of the discoveries, in an update of its cultural historical reading, sought, in the particular new context, to demonstrate Portugal's historic place in, and its added value to, Europe, where it never ceased to belong. The research confirms that the perspective adopted in the Exhibition was to show that Portugal set out for the discoveries already firmly rooted in European culture, and that, by providing the encounter and bringing the “other” to Europe, it assumed a privileged universalist vocation, making it a natural interlocutor - yesterday and today - in the dialogue between Europe and the world. Opening the way for the commemorations that followed, the 17th Exhibition was the first cultural event that, under the prism of the “encounter of cultures”, re-used the myth of the Portuguese “ecumenical vocation” (the special capacity for relationship with other peoples, in a reconditioned luso-tropicalism) to leverage the position in the world of the modern, democratic and - in the desired near future - European Portugal

    Perspectiva histórica da evolução do conceito de museu em Portugal

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    Traça-se uma síntese histórica das formas assumidas em Portugal pelo coleccionismo privado e público, da Idade Média aos nossos dias. Especial referência à génese moderna dos museus, ocorrida no período das Luzes, quando se criaram instituições museais públicas, permanentes e profissionais

    Iniciativas científicas e culturais no ambito da História Religiosa (2004)

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    Mar dos Açores, mar de Portugal, mar da Europa : aprofundar o passado para projectar o futuro : resumos

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    Colóquio Internacional "Mar dos Açores, Mar de Portugal, Mar da Europa", Ponta Delgada, 27-29 de Novembro de 2014.Desde sempre o mar foi fundamental na definição da identidade e das fronteiras de Portugal e os Açores, por força do mar, foram sustentáculo da expansão de Portugal no Mundo, sendo igualmente o mar dos Açores um dos elementos determinantes da dimensão oceânica da União Europeia. Cientes desta importância e impelidos pelo repto lançado em 1982 pela convenção da Nações Unidas, que "todos os assuntos do mar estão interligados e devem ser tratados como um todo", o Centro de História d'Aquém e d'Além Mar da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e da Universidade dos Açores promove o Colóquio Internacional Mar dos Açores, Mar de Portugal e Mar da Europa. Aprofundar o passado e projetar o futuro, que assenta no cruzamento dos saberes da História com os demais contributos das ciências sociais, humanas, naturais e tecnológicas. Neste desafio o CHAM conta com importantes parcerias científicas e institucionais, nomeadamente o da Universidade de Pablo de Olavide (UPO), o do Governo Regional dos Açores, Secretaria Regional do Mar, Ciência e Tecnologia, assim como dos municípios da Ribeira Grande (CMRG) e Lagoa (CML). [da Nota de Apresentação

    História da Matemática

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    O ponto de partida para uma digressão sobre a produção científica da História da Matemática em Portugal / Memória (pós Luzes) implica entrar na produção de cultura científica dos matemáticos portugueses. No contexto das práticas comemorativas de 1872, na gramática positivista da exaltação da reforma pombalina, fixa-se a primeira base: a Memória da Faculdade de Matemática e o seu carácter de excepcionalidade e de originalidade no contexto europeu, alargando o contributo da obra clássica de Francisco Borja de Garção Stockler Ensaio historico sobre a origem e progressos das mathematicas em Portugal (Paris, 1819). No contexto nacional e internacional fica marcado o território para a construção de uma memória (nacional e internacional) da Matemática em Portugal para o período do final da Monarquia Constitucional, para a República e também para a primeira fase do período do Estado Novo (1933–1940). A viragem do século XIX é marcada pela realização da Exposição Universal de Paris 1900 que enquadra a organização e edição de Les Mathématiques en Portugal au XIX ème Siècle (R. Guimarães); por outro lado, Francisco Boletim da SPM 65, Outubro 2010, pp. 39–53 40 Memória (e) História da Matemática em Portugal Gomes Teixeira atravessa vários eventos internacionais na primeira metade do século XX. A Exposição Ibero Americana de Sevilha, em 1929, foi também pretexto para uma outra sistematização da memória matemática e dos matemáticos. Devemos ainda acrescentar os múltiplos Congressos da Associação ‘Luso-Espanhola’ para o Progresso das Ciências (1917–). Como ponto de paragem de um tempo de longa duração da história da cultura científica fixamo-nos, como baliza de abordagem, em 1940 no VIII Congresso do Mundo Português, Actividade Científica em Portugal. Entender a rede de inteligibilidade existentes entre a edição pública, a participação em acontecimentos celebrativos e a construção de uma memória de identidade científica dos Matemáticos em Portugal, na primeira metade do século XX, constitui a nossa proposta de abordagem

    Museologia oitocentista do património religioso em Portugal

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    Museologia oitocentista do património religioso em Portuga

    Construir ciência, construir o mundo

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    A história dos encontros nacionais de História das Ciências e da Tecnologia é recente. Em Junho de 2009, sob a égide do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, realizou-se o primeiro encontro, que decorreu no Centro Cultural de Macau, em Lisboa. De então para cá, têm-se renovado as edições cada dois anos, buscando-se a implementação de um espaço onde possam desenvolver-se e sedimentar ligações entre historiadores das ciências, historiadores da tecnologia e historiadores de outras áreas. Após o último encontro, que decorreu sob o tema “Ciência, Crise e Mudança”, propôs-se que, no presente, questões em torno de CONSTRUIR CIÊNCIA, CONSTRUIR O MUNDO constituam o mote para aprofundar o debate, evidenciando o papel de diferentes agentes e meios. (...

    O cultivo dos idiomas nacionais ao tempo de Verney

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    Seria também justo que o estudante, com o tempo, aprendesse Francês ou Italiano, para poder ler as maravilhosas obras que nestas línguas se tem composto em todas as Ciências, de que não temos traduções latinas. Antigamente, entendiam os doutos que era necessário saber Latim para saber as Ciências; mas, no século passado e neste presente, desenganou-se o mundo e se persuadiu que as Ciências se podem tratar em todas as línguas. Parece-me que com muita razão; porque a maior difi-culdade das Ciências consiste em serem escritas em Latim, língua que os rapazes não entendem bem. Onde, não só sabem mal a matéria, mas o tempo, que deviam empregar em a estudar, ocupam em perceber a língua. Com esta advertência, os Ingleses, Holandeses, Franceses, Alemães etc. começaram a tratar todas as Ciências em Vulgar. Esta hoje é a moda. Os melhores livros acham-se escritos em Vulgar; e qualquer homem, que saiba ler, pode entender na presente era todas as Ciências (Verney 1949: I, 272-273)

    Iniciativas científicas e culturais no âmbito da história religiosa (2007)

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    A história da arte em Portugal : um balanço

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    Livro de Homenagem à Professora Maria Emília Ricardo Marque
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